sábado, 5 de dezembro de 2009

As PALAVRAS não são neutras

"As palavras não são neutras, a língua não é neutra. A ideia de que as palavras nomeiam e, simplesmente porque nomeiam, o sentido está dado - de que elas não são prenhes de sentidos outros além daqueles que eu supunha tão ingenuamente -, essa ideia faz com que eu seja traído pela língua, seja manipulado pela língua. [...]
O que posso fazer - ao invés de tentar escapar da rede de significado que as palavras constituem -, o que posso fazer, escutando a advertência do poeta Drummond de que 'sob a pele das palavras, há cifras e códigos', é buscar a consciência desse processo e de certos jogos possíveis de serem criados e, desconstruindo-os, evitar algumas ciladas. "
(fragmento do livro Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação de Luiz Percival Leme Britto p. 59 e 61)

Nenhum comentário:

Postar um comentário